Envelhecimento cutâneo  

O conceito de beleza atualmente em vigor e procurado pela grande maioria das pessoas é o da pele jovem, sem manchas ou rugas. Entretanto, com o avanço da idade, a pele começa a sofrer alterações que modificarão seu aspecto gradativamente caracterizando o envelhecimento cutâneo. O envelhecimento extrínseco, ou fotoenvelhecimento é aquele decorrente do efeito da radiação ultra-violeta do sol sobre a pele durante toda a vida. O sol, que propicia momentos de lazer e que dá o bronzeado que aprendemos a considerar como modelo de saúde e beleza, é também o principal responsável pelo envelhecimento cutâneo, pois é a sua ação acumulativa sobre a pele que faz surgirem os sinais da pele envelhecida. A pele fotoenvelhecida tem como características a perda da elasticidade, manchas escuras ou claras, rugas finas e profundas e a alteração da superfície da pele, que pode se apresentar mais áspera, ressecada e descamativa. Além disso surgem as ceratoses solares, lesões que atingem a camada mais superficial da pele formando "crostas" e que, eventualmente, podem transformar-se em um câncer de pele.

Durante toda a vida e, principalmente na infância e na adolescência, as exposições repetidas ao sol exercem efeito sobre a pele de forma acumulativa. O dano causado só se manifestará com o passar dos anos. Mesmo naqueles que não frequentam praias, o efeito da exposição diária da pele ao sol vai aparecer no futuro, trazendo todas as características da pele "fotoenvelhecida".

Enquanto somos jovens, a pele possui mecanismos que corrigem o dano solar, não permitindo o surgimento das alterações causadas pelo sol. No entanto, o efeito se acumula e mais tarde os mecanismos de defesa não conseguem mais reverter o mal causado à pele. É quando começam a aparecer os sinais do envelhecimento. É fácil perceber a ação do sol no envelhecimento cutâneo comparando-se a pele da face, do colo ou do dorso dos braços, que recebem maior exposição solar, com a pele da axila, que fica escondida do sol.

Além de causar o envelhecimento cutâneo, as queimaduras solares repetidas e frequentes deixam a pele mais predisposta ao surgimento do câncer, especialmente em indivíduos de pele clara (fototipos I e II). A radiação ultravioleta do sol, além de alterar o código genético das células, inibe mecanismos de defesa que nos protegem contra o câncer da pele. Algumas das características do envelhecimento cutâneo, como as "casquinhas" e "asperezas" que aparecem com a idade, são lesões que podem vir a se transfomar futuramente em um câncer da pele e devem ser tratadas.

A principal forma de prevenir o envelhecimento da pele é a proteção solar, que deve ser iniciada na infância. Tomando-se certos cuidados, os efeitos danosos do sol podem ser atenuados. Veja como proteger sua pele da radiação solar:

  • use diariamente protetores solares, com FPS 30 ou maior, nas áreas de pele continuamente expostas ao sol e que mais envelhecem, como a face, pescoço, colo, braços e mãos.
  • para o dia a dia, dê preferência aos filtros solares "oil free" que são mais agradáveis de se usar pois não deixam a pele gordurosa.
  • use sempre um filtro solar com fator de proteção solar (FPS) igual ou superior a 30, aplicando-o generosamente pelo menos 20 minutos antes de se expor ao sol e sempre reaplicando-o após mergulhar ou transpiração excessiva.
  • a duração da ação de um filtro solar é de cerca de 2 horas. Após este período deve ser reaplicado.
  • use chapéu e guarda-sol quando for à praia. Ainda assim, use o filtro solar pois parte da radiação ultra-violeta reflete-se na areia atingindo a sua pele.
  • evite o sol no período entre 10 e 15 horas.